Fonte: Diário de Pernambuco.
Para celebrar o Dia de Portugal, que é comemorado em conjunto com o Dia de Camões e das comunidades portuguesas nesta quarta-feira, dia 10 de junho, data da morte do poeta, o Gabinete Português de Leitura de Pernambuco fará uma live diretamente da sede. O evento solene será às 19h30, transmitido ao vivo, de forma gratuita, através do Instagram (@gplpe) e no canal do Gabinete no Youtube. A noite contará com apresentação musical do maestro Lúcio Azevedo e da cantora Adalgisa Marques, interpretando canções portuguesas. O ator Carlos Mesquita ficará responsável pelos intervalos teatrais, com declamações de textos de obras do poeta Luís Vaz de Camões, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona. "A data é uma celebrada simultaneamente no mundo todo, é o dia mais importante para a comunidade portuguesa fora de Portugal. Se fizermos um paralelo, para nós, que temos descendência portuguesa, é como celebrar uma data importante para a população brasileira, como o descobrimento do Brasil, a independência ou a proclamação da República", explica o presidente do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco, Celso Gaspar, que é filho de pai português. É a primeira vez que a instituição faz um evento 100% digital. "É um desafio pra gente fazer um evento totalmente on-line, nunca fizemos nada parecido, mas precisamos nos adaptar para não deixar a data que celebramos todos os anos em nosso Gabinete passar em branco", destaca. O evento é realizado pelo Gabinete em parceria com o vice-consulado de Portugal no Recife e instituições portuguesas. Participarão do encontro o vice-cônsul Marco Mello, o presidente do Clube Português do Recife, Fernando Médici; o provedor do Real Hospital Português, Alberto Ferreira da Costa, o presidente do Clube Almirante Barroso, Joao Jorge Barbosa Marinho; o representante do Conselho das Comunidades Portuguesas de Pernambuco, Vicente Miranda e a presidente da Academia do Bacalhau de Pernambuco, Célia Gaspar. Em respeito às medidas de isolamento social para evitar contaminação pelo novo coronavírus, os representantes de cada uma dessas instituições enviaram vídeos gravados em suas casas.
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Clique Fim do Fundeb significará um aumento da desigualdade de oportunidades. A distância entre o investimento por aluno no município com mais recurso e no município com menos recurso é de 570% e sem o Fundeb será de até 13.800%
Manoel Barbosa Especial para o Jornal Opção A educação é um serviço fundamental para qualquer sociedade que almeja a prosperidade social do seu povo, é através dela que lapidamos os talentos individuais, construímos conhecimento científico, criamos oportunidades econômicas, damos oportunidades individuais de crescimento pessoal além de sedimentar paz e justiça social. Para construir esse arcabouço de elementos elencados é imperioso investimento financeiro e, diga-se de passagem, não é barato, mas certamente é o investimento que mais retorno é apreciado pela população. Então, qual é o custo disso? Nos Estados e Municípios isso gira em torno de ¼, ou seja, 25% do orçamento público. Repito, não é pouco dinheiro, porém diante do desafio de construir uma nação isso ainda é insuficiente… O orçamento público não é uma peça fechada e meramente técnica, é alvo de uma disputa política, é a discussão de para onde vai o dinheiro e isso muda muito a nossa vida individual e coletiva. Gosto sempre de dizer que educação é prosperidade social, individual e coletiva, sendo assim é uma falsa polêmica dizer que se gasta muito em educação, pois sem a mesma não haveria desenvolvimento econômico. O Brasil é uma país continental, temos mais de 8 milhões de metros quadrados, ecossistemas variados, mais de 240 milhões de habitantes, mais de 5 mil municípios, culturas das mais diversas, hábitos alimentares, de saúde, sociais… bem diferentes e peculiares. Essa característica nos faz ser um país muito rico, pois temos condições de produzir quase tudo que precisamos para nos alimentar, parafraseando o mensageiro Pero Vaz de Caminha “nesta terra, em se plantando, tudo dá”. Mas, por outro prisma, essas características também nos trazem um enorme desafio: Como oferecer educação de qualidade a todos os cidadãos brasileiros? Como evoluir para que nossas crianças e jovens possam de fato ter resultados melhores em Português e Matemática? Estamos muito atrás de outros países, de acordo com o PISA, no conhecimento dos conteúdos necessários da matemática… com a deficiência destes conteúdos, iremos criar uma geração de analfabetos funcionais e que não estarão à altura do mundo do trabalho cada vez mais automatizado e digital. Com a pandemia que assolou o Brasil e o Mundo, a necessidade do Isolamento social, houve um impacto direto na arrecadação de Estados e Municípios, um estudo da Secretaria do Tesouro Nacional-STN estima uma perca de arrecadação na ordem de 9 a 28 Bilhões, a depender do cenário da crise, para a educação básica no país. Fora os gastos adicionais de quase 2 bilhões de reais que as redes de educação básicas incrementaram no sistema remoto de educação além da alimentação dos alunos durante as aulas remotas. Somados, a crise do Covid-19, o aumento de despesas em educação, a diminuição das receitas, a migração de uma grande parte de estudantes da rede privada para a rede pública e o fim do Fundeb neste ano, temos um cenário de muita preocupação com o financiamento da educação para o futuro. O fim do Fundeb significará um aumento da desigualdade de oportunidades para os alunos do país, para ser ter uma ideia, a distância hoje entre o investimento por aluno no município com mais recurso e no município com menos recurso é de 570% e sem o Fundeb será de até 13.800% Mais de 3.188 municípios, no geral os mais pobres, ficariam em condições críticas de sub-financiamento da educação, em Goiás esse número chegaria a 180 dos 243 municípios do nosso Estado, afetando diretamente 200 mil anos da Educação Infantil e Fundamental I e II, um verdadeiro apagão de toda uma geração. Ainda falando dos municípios, onde se encontram a maior parte dos alunos da rede pública, a diferença entre os recursos por aluno dos mais ricos e dos mais pobres saltaria dos 77% com o Fundeb para 276% sem o fundo de financiamento. Por essas e outras, necessitamos de encontrar outras formas de incrementar receitas no financiamento da educação no Brasil. É importante rediscutir o pacto federativo, no caso das responsabilidades na educação, para uma maior participação da União na educação básica, aprovar o Imposto sobre Grandes Fortunas-IGF com aplicação exclusiva na educação além da otimização dos recursos nas secretarias estaduais e municipais de educação. Mas o urgente no momento, é a aprovação do novo Fundeb, o projeto foi discutido amplamente por vários setores sócias, a comissão na Câmara Federal, que tem como presidente o deputado Bacelar (Podemos-BA) já apresentou o texto ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), cabendo ao mesmo colocar para a votação. Lembrando que o atual Fundeb se encerra no ano de 2020. Manoel Barbosa é professor da rede municipal de educação e conselheiro estadual de Educação. para editar. O vídeo se trata de uma narração de um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha por um simples viajante na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de "Carybé - Aquarelas do Descobrimento", iniciativa da Embaixada do Brasil em Lisboa para assinalar a data em que, há 519 anos, Pedro Álvares Cabral partia com a sua armada até àquele país, o maior da América do Sul.
As 52 obras do artista plástico dão vida a momentos marcantes da narrativa portuguesa sobre este momento da História: a navegação da esquadra, o avistar das terras, o primeiro contacto entre portugueses e índios, a troca de culturas, ou a primeira missa. A exposição tem por objetivo "reforçar ainda mais os históricos laços que unem Brasil e Portugal, ressaltando a singularidade da cultura brasileira ao mesmo tempo que revela as afinidades que aproximam os dois povos", de acordo com a organização. "É a primeira vez que esta exposição sai do Brasil e o destino não poderia ser outro, que não Portugal. Temos a expectativa de que as obras, por sua delicadeza, beleza e sentido histórico, atraiam grande público para a exposição", salienta o embaixador do Brasil em Lisboa, Luiz Alberto Figueiredo Machado, num texto divulgado sobre a mostra. As obras de "Aquarelas do Descobrimento", cuja exposição tem como curadora Solange Bernabó, foram criadas por Carybé para uma edição comemorativa da carta escrita por Pero Vaz de Caminha para o então rei de Portugal, D. Manuel, tendo como mote o quinto centenário de nascimento de Pedro Álvares Cabral, em 1968. Carybé (Hector Julio Páride Bernabó) nasceu em Lanús, na Argentina, em 1911, e passou a infância e a adolescência no Rio de Janeiro, no Brasil, onde se naturalizou. Viveu em Salvador até a sua morte, em 1997, deixando uma obra que extravasou as fronteiras do Brasil, nomeadamente um conjunto de painéis criados para o Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, ou o quadro "São Sebastião", no acervo dos Museus do Vaticano. A exposição, com entrada gratuita, foi inaugurada no dia 08 de março, às 19:00, e esteve lá até 04 de maio. Fonte: Diário de Notícias. |
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